Tendências em Engenharia Estrutural para 2026: Sustentabilidade, Digitalização e Novos Materiais

30 de out de 2025 | Engenharia Civil | 0 comments

Por Agência Incom

Impulsionada por demandas globais por sustentabilidade, ferramentas de digitalização e inovação em novos materiais, a Engenharia Estrutural para 2026 redefine os padrões de eficiência, segurança e responsabilidade ambiental. Para garantir a competitividade, a redução de riscos e o alinhamento com as expectativas do mercado e das regulamentações futuras, alguns pontos são essenciais:

Sustentabilidade como Pilar Estrutural

A sustentabilidade é um requisito fundamental, que influencia diretamente o projeto e a execução estrutural. Em 2026, a ênfase estará em:

Redução da Pegada de Carbono do Concreto: O cimento é um dos maiores emissores de CO2. A tendência é a consolidação de concretos de baixo carbono e o aumento no uso de agregados reciclados. Engenheiros estruturais atuarão na otimização de seções para reduzir o volume de material sem comprometer a segurança, um princípio da Engenharia Estrutural Enxuta (Lean Structural Engineering).

Resiliência e Adaptação Climática: Com a crescente frequência de eventos climáticos extremos (cheias, ventos fortes, etc.), os projetos estruturais deverão incorporar uma análise de risco mais robusta e focar na resiliência estrutural. Isso inclui a avaliação de materiais e técnicas construtivas que garantam a durabilidade e a capacidade de suportar e se recuperar de forma eficiente após um evento extremo.

Certificações e Conformidade ESG: A crescente exigência por comprovação de dados ambientais, sociais e de governança fará com que o projeto estrutural precise ser totalmente rastreável, comprovando a origem sustentável dos materiais e o baixo impacto da construção.

Digitalização Acelerada e Inteligência de Dados

A digitalização está transformando a forma como as estruturas são concebidas, analisadas e gerenciadas no canteiro de obras, levando a ganhos exponenciais de eficiência e precisão.

Modelagem da Informação da Construção (BIM) e Digital Twins: O BIM continua a amadurecer, sendo a base para a criação de Gêmeos Digitais (Digital Twins) da estrutura. Essa réplica virtual permite simulações de comportamento dinâmico (como vibrações e ações sísmicas) desde a fase de projeto, otimizando o dimensionamento e a fase de manutenção da obra. Para as grandes obras, a integração do modelo estrutural com dados em tempo real (IoT) no canteiro trará previsibilidade e controle incomparáveis.

Inteligência Artificial (IA) no Projeto: A IA se tornará uma ferramenta essencial na fase de design estrutural, otimizando automaticamente a geometria e as dimensões dos elementos para obter o menor consumo de material com o máximo de desempenho. Além disso, a IA será utilizada na análise preditiva de falhas e na otimização da logística da cadeia de suprimentos de materiais pesados.

Construção Modular e Off-Site: A industrialização da construção, que utiliza estruturas pré-fabricadas e modulares, depende intrinsecamente do projeto digital preciso. Essa abordagem acelera os prazos, padroniza a qualidade e reduz drasticamente o desperdício de materiais no canteiro.

A Ascensão dos Novos Materiais Estruturais

O futuro das grandes obras depende da adoção de materiais inovadores que ofereçam maior resistência, leveza e durabilidade, enquanto atendem aos critérios de sustentabilidade.

Compósitos de Fibra (FRP/GFRP): Vergalhões de polímero reforçado com fibra de vidro (GFRP – Glass Fiber Reinforced Polymer) são tendência crescente, especialmente em ambientes corrosivos (como obras marítimas ou litorâneas) devido à sua resistência à corrosão e leveza (até 4x mais leve que o aço). Sua aplicação em reforço e em novas estruturas de concreto armado deverá se expandir, seguindo a validação por normas técnicas.

Concreto Auto-Regenerativo: Uma inovação promissora é o concreto com a capacidade de “curar” suas próprias fissuras por meio de bactérias incorporadas ao material, prolongando significativamente a vida útil da estrutura e reduzindo a necessidade de manutenção ao longo do ciclo de vida da obra.

Aço de Baixo Carbono e Aço Reciclado: A pressão da cadeia de suprimentos por sustentabilidade impulsiona a demanda por aço produzido com processos mais limpos ou com alto teor de material reciclado, exigindo que os gerenciadores de obras priorizem fornecedores alinhados com essas práticas.

Ao adotar estas tendências, empresas que lidam com engenharia estrutural ampliam o desempenho técnico de suas estruturas e se posicionam na vanguarda do mercado, entregando projetos que são sinônimo de inovação, longevidade e responsabilidade socioambiental.

Escrito por Agência Incom

Explore outras novidades